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Nos últimos anos, um fenômeno tem chamado a atenção nas cidades brasileiras: o impressionante aumento no número de farmácias.


Em cada esquina, especialmente em áreas urbanas, é comum encontrar duas ou mais redes disputando o mesmo quarteirão.


Segundo dados da IQVIA, empresa global de auditoria no setor farmacêutico, o Brasil fechou o ano de 2024 com mais de 95 mil farmácias ativas, um crescimento de quase 25% em relação a 2019, quando havia cerca de 76 mil estabelecimentos.


Já a Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) informa que só as grandes redes associadas à entidade operam mais de 9 mil lojas, concentrando boa parte do faturamento do setor.

O Brasil é hoje o sexto maior mercado farmacêutico do mundo e o maior da América Latina, movimentando mais de R$ 160 bilhões por ano.


Vários fatores ajudam a explicar essa explosão de farmácias no país:


Um deles é o envelhecimento da população. Com o aumento da expectativa de vida, há uma demanda crescente por medicamentos contínuos, como os usados para pressão alta, diabetes e colesterol. Os idosos são grandes consumidores do setor farmacêutico.

Um segundo motivo é a Automedicação e acesso fácil. No Brasil, a cultura da automedicação ainda é forte. Muitos compram remédios sem receita, como analgésicos, antigripais e suplementos, o que impulsiona o consumo regular.


Durante a pandemia, o setor se mostrou essencial. Houve aumento nas vendas de vitaminas, álcool em gel, testes rápidos e medicamentos para sintomas gripais. Isso consolidou a farmácia como ponto de confiança da população.


Houve exxpansão das grandes redes. Empresas como Drogasil, Pague Menos, Droga Raia e Panvel adotaram estratégias agressivas de expansão, buscando presença em bairros estratégicos, shopping centers e até cidades pequenas.


Franquias de farmácias populares, como Ultra Popular e Farma 100, facilitaram a entrada de pequenos empresários no ramo, tornando o setor atrativo para investidores.

O setor é considerado altamente lucrativo, especialmente quando bem administrado.


Algumas razões para o lucro são alto volume de vendas recorrentes, já que muitos produtos são de uso contínuo, margem de lucro razoável, especialmente em genéricos e cosméticos., mix de produtos diversificado, com itens de beleza, higiene, vitaminas e alimentos especiais. baixo risco de inadimplência, já que o pagamento costuma ser imediato ou com cartão.

No entanto, não é um setor fácil para iniciantes. Concorrer com grandes redes exige ponto comercial estratégico, atendimento de qualidade, preço competitivo e gestão eficiente de estoque.


As farmácias deixaram de ser apenas locais de venda de medicamentos. Hoje, elas funcionam como centros de bem-estar, saúde e conveniência.


Algumas mudanças significativas incluem:

Serviços de saúde no local, como testes rápidos, aplicação de vacinas, aferição de pressão e glicemia.

Amplo portfólio de produtos, com suplementos, cosméticos, protetores solares, itens fitness, dermocosméticos e até snacks saudáveis.

Horários estendidos e funcionamento 24 horas;

Farmácias online e entrega por aplicativo, com frete grátis em muitos casos.

Tudo isso aumentou o ticket médio por cliente e ampliou o perfil do consumidor, indo além de quem procura apenas remédios.

Outro ponto que atrai empreendedores é o fato de o setor farmacêutico ser resistente a crises econômicas. Mesmo com inflação alta ou desemprego, as pessoas continuam consumindo medicamentos — às vezes até mais, devido ao estresse e problemas de saúde decorrentes.

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